28 julho, 2006
As colaboradoras da agência de notícias se despedem
Encerramento da Conferência Regional das Américas
Brasil e Cabo Verde assinam protocolo de intenções
O documento tem como objetivo garantir a promoção dos Direitos Humanos e a Inclusão Social, por meio da prestação mútua de cooperação técnica na realização de pesquisas, programas de geração de trabalho e renda, seminários, treinamentos e eventos.
A discriminação de gênero e a pobreza são também portas de entrada para o racismo
Cidadania é negada à população cigana
Na Conferência da Américas um tema de extrema importância que foi pautado é a situação da população cigana no Brasil e em outras partes da América. Márcia Yaskara Guelpa representante da população cigana falou um pouco sobre o tema. Confira a entrevista
Relatos das plenárias e mini-plenárias têm transmissão online
Movimento GLBTT reivindica a inclusão da temática no documento final da conferência
Para Edmilson Medeiros um processo de construção de diálogos está em curso e novos aliados estão sendo identificados. “Temos avançado muito nas conversas com a juventude e com as mulheres. Estamos indo ao encontro dos outros grupos levantando a discussão, porque eu sou negro, jovem, mas a questão da livre orientação sexual perpassa tudo isso”.
Milton Santos vai mais além e diz que apesar das discussões com os grupos terem sido ampliadas, nas grandes plenárias de conferências esse assunto é sempre barrado. “As pessoas ainda tem dificuldade de falar de livre orientação sexual. Muitos ainda têm a palavra homossexual como um palavrão”.
Para Márica Cabral a dificuldade não está só em falar e sim em conviver como o (a) diferente. “Essa é uma dificuldade humana, mas por conta da discriminação que sofremos no dia-a-dia temos trabalhado as questões das diferenças com mais solidariedade.
O grupo finaliza afirmando a importância de avançar, de fazer com que a questão da livre orientação sexual inclua-se nos documentos desta conferência, porque segundo eles (a) não é possível combater o racismo sem combater a homofobia.
Começam as mini-plenárias
27 julho, 2006
Comunidade negra norte-americana enfrentam os mesmos problemas
Judith Morrison, da Inter-Agency Consultation on Race in Latin América fala um pouco sobre a situação dos negros norte-americanos.
Confira a entrevista clicando aqui.
Combate ao racismo no Brasil pode ser referência nas Américas
Segundo o relator senegalês, este é um momento de atenção, porque desde o atentado terrorista às torres gêmeas em Nova Iorque, assiste-se a um recuo da afirmação dos Direitos Humanos e uma erosão e requestionamento dos pontos levantados em Durban (III Conferência Mundial Contra o Racismo, realizada em 2001). Neste sentido, é necessário reconhecer que o racismo é uma construção de profundidade histórica. “Na América, o racismo foi ampliado e por isso não podemos combatê-lo com sentimentos. A escravidão e o tráfico negreiro foram as maiores tragédias da humanidade e a primeira forma de globalização”.
Avaliação e financiamento: questões debatidas na abertura da conferência
As falas de todos os participantes trouxeram à tona a necessidade de avaliar o processo de construção e promoção da igualdade racial que está em curso nas Américas e buscar o compromisso e a vontade política dos estados, nações e governos para que essas políticas, programas e ações tenham o financiamento adequado para sua execução.
A cerimônia foi inaugurada com duas saudações religiosas, uma indígena e outra de matriz africana e as discussões foram intercaladas com lançamento de publicações e apresentações culturais. Entre o público presente (cerca de 300 pessoas) estavam militantes do movimento negro, indígena, de mulheres e de juventude, especialistas e estudiosos em relações raciais, parlamentares, gestores públicos e artistas.
Frases:
“As políticas públicas contra o racismo contribuem com a paz, o desenvolvimento e a governabilidade”. Epsy Campbell
“Nós não queremos intermediários na relação com o governo. Já pensou se um índio assume a FUNAI?”, Marcos Terena.
“Precisamos desagregar os dados e construir um índice de desenvolvimento das desigualdades raciais, assim como o Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD”, Edna Roland.
“Nada se resolve no futuro se não tivermos plena consciência do que originou o que estamos vivenciando hoje.... Nós recusamos a herança histórica do racismo”, Doudou Diène
Diálogo é essencial para o combate à discriminação
Segundo Eduardo Kohn, diretor para a América Latina da B’Nai B’rith Internacional (organização não governamental), está em fase de construção no Uruguai uma Comissão Nacional de Luta contra a Discriminação, onde sociedade civil e representantes do governo terão assento. Segundo Kohn esta iniciativa se deve ao avanço do diálogo entre esses dois segmentos. “Ainda temos muitos limites para vencer, mas nos últimos anos a conversa tem se ampliado e hoje não é mais possível buscar soluções ou resolver este problema sem a participação ativa da sociedade civil”.
Kohn explica que existem problemas mais graves no Uruguai, que a discriminação para com os judeus, como a discriminação por cor, etnia e gênero, mas afirma que todas elas devem se combatidas da mesma maneira. Neste sentido, o diretor da organização ressalta os avanços do Brasil e da Argentina em construir mecanismos legais para a punição daqueles e daquelas que discriminam.
Problemas técnicos
Infelizmente, desde o inicio da tarde de ontem e até as 10h27 da manhã de hoje, o sistema de fornecimento de sinal de internet no hotel Blue Tree, em Brasília foi interrompido. Por este motivo a agência de Notícias de Combate ao Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas não podê publicar novos conteúdos.
Em nome de nossa equipe gostaria de pedir desculpas pelo incidente e informar que publicamos agora o material produzido ontem.
26 julho, 2006
Para delegação chilena avaliação é fundamental
Para a delegação da sociedade civil do Chile, a Conferência Regional das Américas servirá de ferramenta fundamental para o processo de avaliação da III Conferência Mundial Contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em 2001, na África do Sul. Patrícia Cardemil, membro da delegação, espera que a conferência funcione como um fio condutor para que a Organização das Nações Unidas decida por realizar e convocar Durban+5.
Outra pauta que será levada pela delegação é a inclusão da discussão sobre diversidade e livre orientação sexual. Segundo Maria Victoria Santivanos, muitos desafios ainda estão pendentes e o Chile ainda sofre com a homofobia.
Mulheres reivindicam mudanças efetivas
A declaração será lida no plenário da conferência, amanhã, 27 de julho, a partir das 11h30.
25 julho, 2006
A Minha cor é Arte
Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
Reunião das juventudes
Local: Setor Hoteleiro Norte Trecho 01 Lote 1B – Bloco C
24 julho, 2006
Entrevista com Sergia Galván
Para Sergia Galván, do Coletivo Mulher e Saúde da República Dominicana e membro da Rede de Mulheres Afrolatinoamericanas e Caribenhas, os governos têm avançado pouco na implantação de políticas de promoção da igualdade de gênero e raça nas Américas.
Leia a entrevista clicando aqui.
Mulheres das Américas avaliam políticas de promoção da igualdade de gênero e raça
Cerca de 50 mulheres vindas de vários países das Américas estão reunidas neste momento no hotel Manhattan Plaza, em Brasília para avaliar aos avanços e desafios para efetivação da inclusão das populações negra, indígena e outros grupos discriminados, pós III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e outras Formas Correlatas de Intolerância, realizada em 2001, em Durban (Africa do Sul).
O evento intitulado Diálogo entre as Mulheres das Américas contra o Racismo e todas as formas de Discriminação teve em sua mesa de abertura a presença da Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da deputada da Costa Rica Epsy Campbell, de Nilza Iraci, do Geledés, e de Sergia Galván, do Coletivo Mulher e Saúde, da República Dominicana.
Para Nilza Iraci este é o momento de pensar nos próximos passos, porque “colocar a pauta dos direitos das mulheres na agenda da ONU e dos Estados não bastam. É preciso promover mudanças na vida das mulheres”.
Sergia Galván Epsy Campbell fizeram um breve histórico sobre a participação das mulheres, em especial das mulheres negras nas conferências mundiais. “Tanto a conferência de Santiago, quanto a de Durban, serviram como ferramentas fundamentais para a visibilização da pauta das mulheres. Em quase todos os capítulos do Plano de Ação de Durban fala-se das mulheres. Por isso, temos que buscar o cumprimento do que já foi firmado nesses espaços”, finaliza a deputada.
O encontro que segue até amanhã (25/07) culminará na elaboração de dois documentos: uma declaração das mulheres das Américas para a Conferência Regional das Américas, que acontece em Brasília, nos próximos dias 26, 27 e 28, e um documento com as reflexões levantadas nesses dois dias de diálogo.
15 julho, 2006
Conferência Regional das Américas
Promover uma reflexão sobre o processo de implementação da Declaração e Plano de Ação de Durban na região por meio da implementação de políticas públicas, instrumentos institucionais e de investimento na área;
Ampliar a cooperação e o intercâmbio de experiências na gestão da promoção da diversidade e da democracia nos países das Américas, impulsionando a agenda do combate ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e demais intolerâncias baseadas em raça, origem, cultura, religião, língua, etnia, deficiência, e agravadas por gênero, idade e condição sócio-econômica;
Contribuir para a reflexão sobre os resultados da criação de instâncias governamentais que impulsionam políticas de igualdade racial e anti-discriminatórias.
Programação
Dia 26 de julho, quarta-feira
09hInício do credenciamento
10h às 11h Sessão informativa sobre as regras de procedimentos da Conferência (incluindo informações sobre inscrição dos países para Plenárias).
11h às 13h Reuniões de Delegações
13h às 14h30 Intervalo para almoçoAtividades paralelas: Cultura Quilombo
15h às 16h Exposição do Relatório do Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU sobre a situação do combate à intolerância e promoção da diversidade nas Américas.
17h às 20h - Palácio do PlanaltoPalácio do Planalto Cerimonial Espiritual Indígena e de Matriz Africana.
Abertura oficial, com a presença do Senhor Presidente da República, contendo lançamento de publicações, Assinaturas de Acordos Internacionais e atividades culturais: Show Yle Erê (Petrobrás) e performance com crianças de Brasília do Programa 2º Tempo (Ministério dos Esportes) e com Elisa Lucinda.
20hCoquetel de abertura.
Dia 27 de julho, quinta-feira
08h30Abertura e encaminhamento dos trabalhos das Plenárias e mini-plenárias.
09h às 11h Plenária para exposição dos representantes oficiais dos governos.
11h às 11h30 Cofee-Break
11h30 às 13h30 Plenária para exposição dos representantes da sociedade civil (indígenas, migrantes, afrodescendentes, jovens, ciganos, mulheres, minorias religiosas, portadores de deficiências, portadores de HIV/AIDS e representantes de Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais).
13h30 às 15 hIntervalo para almoço
15h às 17h Mini-Plenárias- América do Norte;- América Central e Caribe;- Região Andina e- Cone Sul.
17h às 17h30 Cofee-Break
17h30 às 19h30 Continuidade das Mini-Plenárias* As Mini-Plenárias são formadas por mesas para o diálogo sobre os Avanços e Desafios do Plano de Ação contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intorelâncias Correlatas, compostas por 1 moderador, 1 palestrante da Sociedade Civil, palestrante do Governo e 1 palestrante do Sistema Onu.
20h Jantar
22h Show musical ‘Brasil América Negra’ com Leci Brandão, Markão2, Netinho de Paula, Sandra de Sá, Toni Garrido e Zezé Motta.
Dia 28 de julho, sexta-feira
09h às 11h Apresentação dos relatores das plenárias, mini-plenárias (aproxidamente 15 minutos para cada relator)
11h às 11h30 Cofee-Break
11h30 às 13h30 Continuidade da Apresentação dos Relatores das Plenárias e Mini-plenárias
13h30 às 15h30 Intervalo para almoço
15h30 às 17h30 Apresentação das conclusões da Conferência.
22h - Baile de Encerramento
Fonte: http://www.americascontraracismo.com.br