28 julho, 2006

 

As colaboradoras da agência de notícias se despedem


Com o final da Conferência Regional das Américas, encerram-se também as atividades da agência Notícias Contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas. A equipe formada pelas comunicadoras Rachel Quintiliano (PCRI-Saúde), Diana Clara Condá (Instituto de Mídia Étnica - BA), Fabiana Veríssimo (Rádio Biboca - SP), e Thais Zimbwe (Portal Mundo Negro - RJ e Coordenação do Encontro Nacional de Juventudes Negras) e apoiada por Fernanda Papa (Fundação Freidrich Ebert) e Fernanda Lopes (PCRI-Saúde), todas com atuação em movimentos sociais negro e comunitário, agradece o acesso à nossa Agência de Notícias, os comentários dos internautas e a confiabilidade neste trabalho que, além de dar a informação, trouxe o compromisso social com o combate ao racismo, violência, discriminação racial e intolerâncias correlatas. Saímos deste trabalho com a certeza do “dever cumprido” e afirmamos, com veemência, que nós comunicadoras temos muito a realizar e contribuir para auto-afirmação do nosso povo acreditando sempre que “uma nova comunicação é possível”.
Agradecimentos: André Santana (Secretaria Municipal da Reparação-Salvador/Instituto Mídia Étnica), Rita Cliff (fotografa - Fundação Cultural Palmares), Carina Bini Fernandes (assessoria de imprensa da CRA) e toda a equipe de comunicadores(as) da SEPPIR e da Fundação Cultural Palmares.

 

Encerramento da Conferência Regional das Américas


Brasília, 28/7/06 – Dirigentes da sociedade civil e dos governos das Américas e do Caribe pactuaram em Brasília inúmeras ações, ao final da 1a Conferência Regional das Américas que por três dias (de 26 a 28/7) reuniu representantes de governos das Américas e Caribe, em Brasília. Entre as ações está a criação de mecanismos de controle e monitoramento de políticas governamentais para a área da igualdade racial. Os relatores também destacaram no texto final, a satisfação pelo avanço do debate em torno do racismo e de todas as formas de discriminação nos países americanos e caribenhos. Um dos exemplos mais ressaltados na região é o do Brasil, a partir da criação, em 2003, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), como o primeiro órgão de Governo voltado para o acompanhamento e realização de Ações Afirmativas governamentais.
Ações afirmativas pelo fim das desigualdades: O documento final, produzido com a participação de representantes de 21 dos 35 países das Américas, reúne as proposições para a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo e as desigualdades que atingem com maior prevalência os afro-descendentes, indígenas, ciganos, mulheres, jovens, imigrantes e as diversas manifestações da sexualidade. “A Conferência reconheceu que o momento é propício para compilar as melhores práticas na região e compartilhá-las. Os povos dos países americanos, em conjunto, atribuem à sua constituição multiétnica e multicultural um caráter positivo, de contribuição para a convivência humana, para a promoção dos direitos humanos, construção de culturas de paz e de respeito mútuo bem como de sistemas políticos democráticos”, expressa um trecho inicial do documento, lido pela ministra Matilde Ribeiro.
O resumo traz também encaminhamentos importantes como: a necessidade de Ações Afirmativas preventivas nas áreas da educação e do sistema jurídico, eliminando à violação dos direitos, principalmente da juventude negra; ação governamental nas fronteiras e áreas de trânsito na defesa dos direitos dos imigrantes; ratificação da proteção da infância e da juventude; desenvolvimento de metodologias de aferição dos resultados e planos, programas e políticas de promoção da igualdade racial, entre outras ações apresentadas e discutidas durante o encontro.
Plano de Durban na prática: A Conferência também solicitou aos organismos internacionais, como as Nações Unidas, que continuem subsidiando e acompanhando a implementação do Plano de Ação de Durban, aprovado na III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Intolerâncias Correlatas. Ainda foi registrada a contribuição da diversidade presente à Conferência como as religiões de matriz africana, os indígenas, ciganos, judeus, palestinos, a juventude negra e os grupos GLBTTs, reforçando as demandas levantadas por esses segmentos, de políticas específicas para eliminação dos preconceitos sofridos.
Outro importante encaminhamento expresso no documento final é a necessidade de consulta aos gestores das Américas e às organizações da sociedade civil sobre os temas debatidos nesta Conferência para a efetivação das propostas aprovadas.
Por fim, o resumo do documento final da 1a Conferência Regional das Américas presta uma homenagem às vítimas do colonialismo e da escravidão transatlântica, e repudia todas as formas de racismo atuais. “Que essa memória constitua para cada grupo vulnerável uma fonte de energia inesgotável para persistentes lutas contra as novas modalidades de xenofobia, racismo e discriminação e contra as formas contemporâneas de escravidão. A Conferência convocou os protagonistas da luta contra a discriminação racial (...) a darem novos impulsos aos consensos alcançados para o reconhecimento da diversidade e da igualdade nas Américas, por meio da solidariedade e da cooperação, da paz e da democracia”, finaliza o texto.
A arte em prol da Igualdade Racial: Momentos de emoção marcaram a cerimônia de encerramento da 1a Conferência Regional das Américas. A titular da SEPPIR, ministra Matilde Ribeiro, agradeceu o apoio recebido por artistas, lembrando o momento cultural promovido na noite da última quinta-feira (27/7). Nomes da música popular como Toni Garrido, Netinho de Paula, Leci Brandão, Sandra de Sá, Zezé Motta e Marcão Dois sacudiram a platéia que dançou e cantou em show musical realizado no Espaço da Corte. “Os artistas não ganharam cachê, se empenharam em se somar à Conferência e fizeram da arte uma voz para conclamar a sociedade a lutar pelo fim do racismo e da discriminação”, frisou Matilde Ribeiro.
O abraço de Matilde Ribeiro na atriz Zezé Motta, que saiu do Rio de Janeiro, onde grava a novela “Sinhá Moça”, da Rede Globo, para acompanhar o final da Conferência Regional das Américas, selou a continuidade da luta da sociedade civil e dos governos americanos pelo fim do racismo e por Ações Afirmativas. Em grande estilo, a 1a Conferência Regional das Américas encerrou com um baile, com boa música black e a animação de todas as pessoas presentes na Conferência.
Reportagem: André Santana e Oscar Henrique Cardoso, ACS/FCP/MinC, Especial para a Conferência Regional das Américas contra o Racismo. (FCP - Fundação Cultural Palmares)
Foto Rita Cliff

 

Brasil e Cabo Verde assinam protocolo de intenções


Ministra Matilde Ribeiro e o Embaixador de Cabo Verde no Brasil, Antônio Valadares Dupret, assinam protocolo de cooperação
Na tarde desta sexta-feira, o governo brasileiro, através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial assinou um protocolo de intenções em Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial com a República de Cabo Verde. A assinatura aconteceu durante a Conferência Regional das Américas.
O documento tem como objetivo garantir a promoção dos Direitos Humanos e a Inclusão Social, por meio da prestação mútua de cooperação técnica na realização de pesquisas, programas de geração de trabalho e renda, seminários, treinamentos e eventos.
Fonte:www.americascontraracismo.blogspot.com

 

A discriminação de gênero e a pobreza são também portas de entrada para o racismo





Para Ana Falú, Diretora regional do escritório do Unifem para o Brasil e o Cone Sul, o diálogo sobre o racismo e a discriminação de gênero são fundamentais para a consolidação da democracia. “O racismo tem muitas portas de entrada, muitas intersecções, como a discriminação de gênero e a pobreza”.
Leia a entrevista.

 

Cidadania é negada à população cigana


Na Conferência da Américas um tema de extrema importância que foi pautado é a situação da população cigana no Brasil e em outras partes da América. Márcia Yaskara Guelpa representante da população cigana falou um pouco sobre o tema. Confira a entrevista

 

Relatos das plenárias e mini-plenárias têm transmissão online

Quem tiver interesse, pode acompanhar em tempo real, em aúdio e vídeo, o que acontece na Conferência das Américas nesta tarde do dia 28 de julho, terceiro e último dia do evento. Além das relatorias das mini-plenárias e plenárias, haverá a sessão de apresentação das conclusões da conferência. Link pelo site oficial da conferência ou pela página do Ministério da Saúde.

 

Movimento GLBTT reivindica a inclusão da temática no documento final da conferência



Três dos representantes do movimento GLBTT, Edmilson Medeiros (Grupo Corsa/SP), Márcia Cabral (Minas de Cor/SP) e Milton Santos (Estruturação/DF) que estão na Conferência Regional das Américas concederam entrevista à Notícias Contra o Racismo e falaram sobre a possibilidade de sensibilização dos participantes para a inclusão das questões relacionadas a livre orientação sexual no documento final do evento.
Para Edmilson Medeiros um processo de construção de diálogos está em curso e novos aliados estão sendo identificados. “Temos avançado muito nas conversas com a juventude e com as mulheres. Estamos indo ao encontro dos outros grupos levantando a discussão, porque eu sou negro, jovem, mas a questão da livre orientação sexual perpassa tudo isso”.
Milton Santos vai mais além e diz que apesar das discussões com os grupos terem sido ampliadas, nas grandes plenárias de conferências esse assunto é sempre barrado. “As pessoas ainda tem dificuldade de falar de livre orientação sexual. Muitos ainda têm a palavra homossexual como um palavrão”.
Para Márica Cabral a dificuldade não está só em falar e sim em conviver como o (a) diferente. “Essa é uma dificuldade humana, mas por conta da discriminação que sofremos no dia-a-dia temos trabalhado as questões das diferenças com mais solidariedade.
O grupo finaliza afirmando a importância de avançar, de fazer com que a questão da livre orientação sexual inclua-se nos documentos desta conferência, porque segundo eles (a) não é possível combater o racismo sem combater a homofobia.

 

Começam as mini-plenárias

Nesta manhã de sexta-feira, último dia de atividade, os (as) participantes da conferência estão divididos em mini-plenárias. São elas: América do Norte e Caribe (anglofônicos), América Central e Caribe (espano falantes), Região Andina e Cone Sul.
Nelas, governo e da sociedade civil terão a oportunidade de construir os textos que farão parte do documento final da conferência. Entretanto, somente as questões não consensuadas serão levadas ao plenário, a partir das 12h.

27 julho, 2006

 

Comunidade negra norte-americana enfrentam os mesmos problemas


Judith Morrison, da Inter-Agency Consultation on Race in Latin América fala um pouco sobre a situação dos negros norte-americanos.

Confira a entrevista clicando aqui.

 

Combate ao racismo no Brasil pode ser referência nas Américas



Durante seu discurso, na abertura oficial da Conferência Regional das Américas, Doudou Diène, relator especial da ONU sobre as formas contemporâneas de racismo, disse que o sucesso do Brasil no combate ao racismo é uma condição importante para a transformação de toda a América.
Segundo o relator senegalês, este é um momento de atenção, porque desde o atentado terrorista às torres gêmeas em Nova Iorque, assiste-se a um recuo da afirmação dos Direitos Humanos e uma erosão e requestionamento dos pontos levantados em Durban (III Conferência Mundial Contra o Racismo, realizada em 2001). Neste sentido, é necessário reconhecer que o racismo é uma construção de profundidade histórica. “Na América, o racismo foi ampliado e por isso não podemos combatê-lo com sentimentos. A escravidão e o tráfico negreiro foram as maiores tragédias da humanidade e a primeira forma de globalização”.

 

Avaliação e financiamento: questões debatidas na abertura da conferência



Aconteceu no final da tarde de ontem, no Palácio do Planalto (Brasília), a abertura oficial da Conferencia Regional das Américas, que contou com a presença de autoridades brasileiras e estrangeiras, entre elas a Ministra Matilde Ribeiro (SEPPIR), Doudou Diène, relator especial da ONU sobre as formas contemporâneas de racismo, Maria Francisca Ize Maria, representante do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, Epsy Campbel, deputada da Costa Rica e representante do comitê internacional da conferência, Edna Roland, do grupo de especialistas da ONU, Marcos Terena, líder indígena, o embaixador Antônio Patriota, representando o Ministro das Relações Exteriores Celso Amorin, que foi recepcionar um grupo de brasieliros vindos da zona de conflito no Libano e o chefe da delegação do Chile, embaixador Juan Martabit.
As falas de todos os participantes trouxeram à tona a necessidade de avaliar o processo de construção e promoção da igualdade racial que está em curso nas Américas e buscar o compromisso e a vontade política dos estados, nações e governos para que essas políticas, programas e ações tenham o financiamento adequado para sua execução.
A cerimônia foi inaugurada com duas saudações religiosas, uma indígena e outra de matriz africana e as discussões foram intercaladas com lançamento de publicações e apresentações culturais. Entre o público presente (cerca de 300 pessoas) estavam militantes do movimento negro, indígena, de mulheres e de juventude, especialistas e estudiosos em relações raciais, parlamentares, gestores públicos e artistas.

Frases:

“As políticas públicas contra o racismo contribuem com a paz, o desenvolvimento e a governabilidade”. Epsy Campbell

“Nós não queremos intermediários na relação com o governo. Já pensou se um índio assume a FUNAI?”, Marcos Terena.

“Precisamos desagregar os dados e construir um índice de desenvolvimento das desigualdades raciais, assim como o Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD”, Edna Roland.

“Nada se resolve no futuro se não tivermos plena consciência do que originou o que estamos vivenciando hoje.... Nós recusamos a herança histórica do racismo”, Doudou Diène
"Não podemos cruzar os braços diante de desigualdades históricas, portanto vale a pena sim investir em ações afirmativas, vale a pena sim investir na somatória de cotas sociais e raciais", Ministra Matilde Ribeiro.

 

Diálogo é essencial para o combate à discriminação



Segundo Eduardo Kohn, diretor para a América Latina da B’Nai B’rith Internacional (organização não governamental), está em fase de construção no Uruguai uma Comissão Nacional de Luta contra a Discriminação, onde sociedade civil e representantes do governo terão assento. Segundo Kohn esta iniciativa se deve ao avanço do diálogo entre esses dois segmentos. “Ainda temos muitos limites para vencer, mas nos últimos anos a conversa tem se ampliado e hoje não é mais possível buscar soluções ou resolver este problema sem a participação ativa da sociedade civil”.
Kohn explica que existem problemas mais graves no Uruguai, que a discriminação para com os judeus, como a discriminação por cor, etnia e gênero, mas afirma que todas elas devem se combatidas da mesma maneira. Neste sentido, o diretor da organização ressalta os avanços do Brasil e da Argentina em construir mecanismos legais para a punição daqueles e daquelas que discriminam.

 

Problemas técnicos


Infelizmente, desde o inicio da tarde de ontem e até as 10h27 da manhã de hoje, o sistema de fornecimento de sinal de internet no hotel Blue Tree, em Brasília foi interrompido. Por este motivo a agência de Notícias de Combate ao Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas não podê publicar novos conteúdos.
Em nome de nossa equipe gostaria de pedir desculpas pelo incidente e informar que publicamos agora o material produzido ontem.

26 julho, 2006

 

Para delegação chilena avaliação é fundamental

A manhã desta quarta-feira está sendo dedicada para que as delegações dos 21 países presentes façam suas reuniões e pautem suas principais demandas.
Para a delegação da sociedade civil do Chile, a Conferência Regional das Américas servirá de ferramenta fundamental para o processo de avaliação da III Conferência Mundial Contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada em 2001, na África do Sul. Patrícia Cardemil, membro da delegação, espera que a conferência funcione como um fio condutor para que a Organização das Nações Unidas decida por realizar e convocar Durban+5.
Outra pauta que será levada pela delegação é a inclusão da discussão sobre diversidade e livre orientação sexual. Segundo Maria Victoria Santivanos, muitos desafios ainda estão pendentes e o Chile ainda sofre com a homofobia.

 

Mulheres reivindicam mudanças efetivas

Na tarde de ontem, as mulheres reunidas no encontro Diálogo entre as Mulheres das Américas contra o Racismo e todas as formas de Discriminação, encerraram a atividade entregando ao Alto Comissariado da ONU, a Unifem, a Seppir e a ACNUR a Declaração das Mulheres das Américas para a Conferência Regional das Américas. O documento lido pela deputada da Costa Rica, Epsy Campbell, traz reivindicações explicitas sobre a necessidade de elaboração de políticas públicas que tragam mudanças efetivas para a vida das mulheres.
A declaração será lida no plenário da conferência, amanhã, 27 de julho, a partir das 11h30.

25 julho, 2006

 

A Minha cor é Arte

Confira a música de Magnu Sousá e Maurilio Oliveira.
clique aqui.

 

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Durante o I Encontro de Mulheres Afro Latino-Americanas e Caribenhas, realizado em Julho de 1995, na cidade de Santo Domingo, na República Dominicana, definiu-se o dia 25 de julho, como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha


 

Reunião das juventudes

Acontece nesta terça-feira (25/07), às 15h no Hotel Blue Tree, em Brasília a reunião preparatória das juventudes para a Conferência Regional das Américas.

Local: Setor Hoteleiro Norte Trecho 01 Lote 1B – Bloco C


24 julho, 2006

 

Entrevista com Sergia Galván


Governos ainda não têm promoção da igualdade racial como compromisso

Para Sergia Galván, do Coletivo Mulher e Saúde da República Dominicana e membro da Rede de Mulheres Afrolatinoamericanas e Caribenhas, os governos têm avançado pouco na implantação de políticas de promoção da igualdade de gênero e raça nas Américas.
Leia a entrevista clicando aqui.

 

Mulheres das Américas avaliam políticas de promoção da igualdade de gênero e raça


Cerca de 50 mulheres vindas de vários países das Américas estão reunidas neste momento no hotel Manhattan Plaza, em Brasília para avaliar aos avanços e desafios para efetivação da inclusão das populações negra, indígena e outros grupos discriminados, pós III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e outras Formas Correlatas de Intolerância, realizada em 2001, em Durban (Africa do Sul).

O evento intitulado Diálogo entre as Mulheres das Américas contra o Racismo e todas as formas de Discriminação teve em sua mesa de abertura a presença da Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da deputada da Costa Rica Epsy Campbell, de Nilza Iraci, do Geledés, e de Sergia Galván, do Coletivo Mulher e Saúde, da República Dominicana.

Para Nilza Iraci este é o momento de pensar nos próximos passos, porque “colocar a pauta dos direitos das mulheres na agenda da ONU e dos Estados não bastam. É preciso promover mudanças na vida das mulheres”.

Sergia Galván Epsy Campbell fizeram um breve histórico sobre a participação das mulheres, em especial das mulheres negras nas conferências mundiais. “Tanto a conferência de Santiago, quanto a de Durban, serviram como ferramentas fundamentais para a visibilização da pauta das mulheres. Em quase todos os capítulos do Plano de Ação de Durban fala-se das mulheres. Por isso, temos que buscar o cumprimento do que já foi firmado nesses espaços”, finaliza a deputada.

O encontro que segue até amanhã (25/07) culminará na elaboração de dois documentos: uma declaração das mulheres das Américas para a Conferência Regional das Américas, que acontece em Brasília, nos próximos dias 26, 27 e 28, e um documento com as reflexões levantadas nesses dois dias de diálogo.

15 julho, 2006

 

Conferência Regional das Américas

A Conferência Regional das Américas buscará:

Promover uma reflexão sobre o processo de implementação da Declaração e Plano de Ação de Durban na região por meio da implementação de políticas públicas, instrumentos institucionais e de investimento na área;

Ampliar a cooperação e o intercâmbio de experiências na gestão da promoção da diversidade e da democracia nos países das Américas, impulsionando a agenda do combate ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e demais intolerâncias baseadas em raça, origem, cultura, religião, língua, etnia, deficiência, e agravadas por gênero, idade e condição sócio-econômica;

Contribuir para a reflexão sobre os resultados da criação de instâncias governamentais que impulsionam políticas de igualdade racial e anti-discriminatórias.

Programação

Dia 26 de julho, quarta-feira

09hInício do credenciamento

10h às 11h Sessão informativa sobre as regras de procedimentos da Conferência (incluindo informações sobre inscrição dos países para Plenárias).

11h às 13h Reuniões de Delegações

13h às 14h30 Intervalo para almoçoAtividades paralelas: Cultura Quilombo

15h às 16h Exposição do Relatório do Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU sobre a situação do combate à intolerância e promoção da diversidade nas Américas.

17h às 20h - Palácio do PlanaltoPalácio do Planalto Cerimonial Espiritual Indígena e de Matriz Africana.
Abertura oficial, com a presença do Senhor Presidente da República, contendo lançamento de publicações, Assinaturas de Acordos Internacionais e atividades culturais: Show Yle Erê (Petrobrás) e performance com crianças de Brasília do Programa 2º Tempo (Ministério dos Esportes) e com Elisa Lucinda.

20hCoquetel de abertura.


Dia 27 de julho, quinta-feira
08h30Abertura e encaminhamento dos trabalhos das Plenárias e mini-plenárias.

09h às 11h Plenária para exposição dos representantes oficiais dos governos.

11h às 11h30 Cofee-Break

11h30 às 13h30 Plenária para exposição dos representantes da sociedade civil (indígenas, migrantes, afrodescendentes, jovens, ciganos, mulheres, minorias religiosas, portadores de deficiências, portadores de HIV/AIDS e representantes de Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais).

13h30 às 15 hIntervalo para almoço

15h às 17h Mini-Plenárias- América do Norte;- América Central e Caribe;- Região Andina e- Cone Sul.

17h às 17h30 Cofee-Break

17h30 às 19h30 Continuidade das Mini-Plenárias* As Mini-Plenárias são formadas por mesas para o diálogo sobre os Avanços e Desafios do Plano de Ação contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intorelâncias Correlatas, compostas por 1 moderador, 1 palestrante da Sociedade Civil, palestrante do Governo e 1 palestrante do Sistema Onu.

20h Jantar
22h Show musical ‘Brasil América Negra’ com Leci Brandão, Markão2, Netinho de Paula, Sandra de Sá, Toni Garrido e Zezé Motta.

Dia 28 de julho, sexta-feira

09h às 11h Apresentação dos relatores das plenárias, mini-plenárias (aproxidamente 15 minutos para cada relator)

11h às 11h30 Cofee-Break

11h30 às 13h30 Continuidade da Apresentação dos Relatores das Plenárias e Mini-plenárias

13h30 às 15h30 Intervalo para almoço

15h30 às 17h30 Apresentação das conclusões da Conferência.

22h - Baile de Encerramento
Fonte: http://www.americascontraracismo.com.br


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